II ACACLÃ

Nos dias 9, 10 e 11 de Novembro, as tribos, Walt Disney e Madre Teresa de Calcutá, estiveram em atividade, no II AcaClã, do renovado Clã 8 de São Paulo.

Mesmo antes de partirmos o Chefe dos Templários disse-nos o II AcaClã (…) será o que nós quisermos dele fazer! Todos se lembram dos momentos determinantes do passado, quando El Rei e os seus nobres cavaleiros tomaram em suas mãos o destino de fundar o reino (clã).

Pois bem, após a fundação, El Rei voltou-se para a necessidade da expansão do reino (do clã) e, nesta missão, contou com a preciosa ajuda dos Caminheiros Templários, ajuda a conquistar e a povoar as terras.(…) El Rei já consegue vislumbrar a valentia, dedicação e empenho dos seus valorosos cavaleiros, os Caminheiros Templários! 

Partimos de Torres Vedras, às 21horas com destino a Vila Nova da Barquinha, com as mochilas cheias e as espectativas bem lá em cima… Aguardava-nos um fim-de-semana em GRANDE. Sempre bem-dispostos e a cantar, lá chegámos ao destino previsto. Estava frio, mas este não foi suficiente para nos deter, e lá montámos as tendas já a noite ia avançada. Antes de irmos descansar, foi tempo de aconchegar o estômago com um chazinho e umas bolachas. Em seguida, hora de dormir que o dia seguinte avizinhava-se longo.

O dia começou cedo e depressa dividimos tarefas: enquanto uns preparavam o almoço volante, outros tratavam das construções, que neste caso foi apenas a mesa, visto que tínhamos pouco tempo. Terminado o almoço e a construção da mesa, partimos para Hike, para travar novas batalhas e conquistar estas terras aos Mouros.

   

A primeira paragem foi na Praça de Touros, a segunda mais antiga de Portugal, e esta hein?! Construída no Século XIX, no ano de 1853. Aí tivemos a nossa primeira prova de fogo, com direito a pega e tudo!! Depois, com ajuda da carta militar, e das coordenadas e dos azimutes, conseguimos traçar o caminho a seguir.

   

Seguimos caminho, e a partir daqui começamos a meter água.. quer dizer, o tempo, o tempo ficou de chuva. Tínhamos de encontrar o marco geodésico, e nem sombras deles, passou uma, passou duas horas e nada. Enquanto isto, chovia. Vamos abrigar-nos. Mas onde? Bem, o melhor é continuar. Enquanto isto, chovia mais. E o marco? Nada.. Depois de parecermos uns autênticos pintos, parou de chover e decidimos almoçar. Ou das duas uma: ou estamos muito cansados e cheios de fome, ou então o almoço estava mesmo bom. Acho que era a segunda. Parabéns às nossas fantásticas cozinheiras, Carolina e Inês Alves! Depois de carregadas as energias, lá continuamos em busca do marco. E quando estávamos mesmo quase a desistir, a Heidi, ai a Inês, encontrou-o! Heya Heya!! Vamos tirar uma foto, ou duas, ou três, afinal encontrámo-lo!! A seguir demos corda aos sapatos e começamos a descer, a toda a velocidade, encosta a baixo.

 

Tempo para parar, aproveitar a paisagem e tirar mais umas fotografias, para mais tarde recordar. E lá encontrámos os chefes, quase carecas de nos esperar:

 (…) Apressai-vos pois então

Pois mais uma batalha ganharão.

 

E mal chegámos, partimos logo para onde nos mandava o enigma do “galo”: Castelo de Almourol. Depois de mais uns metros caminhar, os Mouros voltaríamos a tentar alcançar:

 Os mouros em Almourol estão escondidos

Com medo de vos enfrentar

Na esperança que vocês não sejam bem sucedidos

Na escolha de porta atravessar.

(…)

Mas para a porta acertar

Somente uma pergunta podem fazer

Tem dois guardas a quem perguntar

Um diz a verdade, o outro é mentiroso a valer.

  

Depois de passarmos pelos guardas, e já de noite, metemos os pés ao caminho. Por atalhos, quase nos metíamos em trabalhos, e graças a um senhor muito simpático encontrámos, chegámos ao destino, onde os chefes nos aguardavam para a batalha final:

Já falta pouco para expulsar

Todos os Mouros deste quinhão

Mas a última batalha a travar

Pode-vos espalhar pelo chão.

 

Tenham cuidado com este caminho

Pois os Mouros estiveram a armadilhar

Pé ante pé escolham com jeitinho

Para a bomba não vos fazer saltar.

E assim foi, pé ante pé, cada elemento foi tentando passar pelo caminho armadilhado, não foi fácil, mas mais uma vez, vencemos a batalha. Conquistada a Vila, partimos em direção a campo, onde nos esperava um banho quente e reconfortante, no quartel dos Bombeiros Voluntários. Quem não quis tomar um banho, foi adiantando o manjar comemorativo da conquista da Vila: arroz com bifes. Estava ótimo, mais uma vez, as cozinheiras estão de parabéns! E para comemorar a vitórias sobre os Mouros, tivemos direito a sobremesa e tudo: cheesecake feito em campo, mnhammyy, que delícia!

O dia estava a chegar ao fim, mas não podíamos deixar de partilhar as coisas que foram boas e as que correram menos bem. Todos aprendemos com as conquistas, mas principalmente, com os entraves ao caminho. Foi tempo também de renovar o compromisso de guia e dos elementos da tribo:

Quero que vós, Guias de Patrulha, instruais as vossas Patrulhas inteiramente por vossa iniciativa, porque vos é possível conquistar cada um dos jovens da Patrulha e fazer dele um Homem bom. De nada serve terdes um ou dois jovens excelentes, se o resto não presta para nada. Deveis procurar torná-los a todos razoavelmente bons.

O meio mais eficaz para conseguir é o vosso próprio exemplo, porque, o que vós mesmo fizerdes, os vossos Escuteiros farão também.

Mostrai-lhes que sabeis cumprir ordens, quer vos sejam dadas verbalmente, quer sejam impressas ou escritas, e que as executais, quer o vosso Chefe esteja presente, quer não. Mostrai-lhes que podeis alcançar distintivos de especialidades, e os vossos jovens irão atrás de vós sem precisardes de os convencer. Mas lembrai-vos de que os haveis de guiar e não empurrar.

Baden-Powell

Depois disto, encaminhamo-nos para as tendas, onde os nossos sacos-cama nos esperavam ansiosos. No dia seguinte, acordámos, tomámos o pequeno-almoço, com direito a torradas, mas sem manteiga, estávamos em dieta. Arrumámos tudo e seguimos para a Celebração da Eucaristia. Finda a Celebração, foi tempo de fazermos o encerramento da atividade, onde rezámos a Oração do Escuta e agradecemos a disponibilidade do Chefe André em nos acompanhar em mais uma página vida do clã. Sabemos que, estas coisas não se agradecem, mas obrigado e, volta sempre que quiseres. Ficas bem ao pé dos vermelhos J!

Fizemos mais um AcaClã! Fizemos história, construímos e deixámos a nossa marca. Só depende de nós fazer boas atividades. Nós é que fazemos valer a pena ou não. E desta vez, valeu a pena!

 

 

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